Joinville

Postado por joinvillepelomundo , terça-feira, 13 de dezembro de 2011 16:19

Joinville, Santa Catarina, Brasil.
Cidade dos príncipes, das flores e da bicicleta.
Cidade de muita industria e crescimento econômico.
Cidade que eu nasci e moro atualmente! E é sobre ela que vou contar um pouquinho hoje.
Joinville tem registros de existência de moradores aqui há muitos e muitos anos. Datam de 4.800 a.C. São os homens-do-sambaqui. Os primeiros habitantes da região que viviam de pesca e coleta de moluscos. Nesse ano, em uma aula de antropologia com a professora Letícia Ribas, fiquei sabendo que quando começaram as olarias por aqui, eles pegavam os ossos dos sambaquis pra queimar por que achavam que não era importante! LOL
Enfim, mas não estou aqui hoje pra falar sobre os sambaquis. Vamos começar minha história quando da data da colonização.
Lembram o que eu falei no post passado, na parte da história do Príncipe de Joinville, que um pedaço da história eu contaria só nesse post? Então.
O Principe de Joinville um belo dia veio para o Brasil e conheceu a Princesa Francisca Carolina, se apaixonou e os dois casaram. Como dote pelo casamento, o principe pediu as terras próximas à Guiana Francesa. Mas ele recebeu as terras daqui do sul, mais precisamente o chão que abriga minha casa e que escrevo agora: JOINVILLE! 
Só pra vocês entenderem a importância dessa princesa: ela era irmã do ultimo imperador do Brasil, D. Pedro II. E o mais legal é o nome completo dela: Francisca Carolina Joana Leopoldina Romana Xavier de Paula Micaela Rafaela Gabriela Gonzaga de Bragança. QUE NOME PEQUEEENO!!! 
Voltando à história: o recém casal obviamente voou direto pra França, e nem chegou a pisar no sul pra dar uma olhadinha nas terras daqui. A princesa, na minha opinião, era mais bonita que o príncipe:



Enfim. Acontece que, um tempo depois, como falei no post anterior, Luís Napoleão dá um golpe de estado e deixa a nova família da princesa na miséria. Mesmo assim ela foi uma mulher forte e negociou com os republicanos seu exílio. Quando a vida ficou bem complicada e o dinheiro acabou, os príncipes decidiram vender as terras de Joinville para uma empresa colonizadora. E fim da parte realeza da história de Joinville.
(a nivel de curiosidade, ela morreu com 73 anos na França. Bem velhinha, ein?)
Quando essa empresa começou a colonizar Joinville, até então a cidade era chamada de Colônia Dona Francisca. A partir daí começam a vir os primeiros colonizadores de tudo que é canto da Europa: alemães, noruegueses, suecos, franceses, espanhóis, portugueses...
Curiosidade: alguns anos antes do inicio da colonização de Joinville, um grupo de franceses tentaram criar uma sociedade alternativa, totalmente socialista, onde hoje é a Barra do Saí. Não deu certo.
Enfim, voltando a história. Logo depois da colonização, os moradores decidiram colocar o nome da cidade de Joinville, em homenagem ao príncipe. Até construiram uma casa de verão para o casal, que nunca nem veio ver as terras.
Já em 1856 os colonizadores formaram grupos de dança, canto, teatro. Fundaram associações como Sociedade Harmonia, Lyrica (depois Harmonia-Lyra). Traziam muitos artistas de fora para apresentações de teatro, orquestras, óperas, em sua grande maioria em alemão. Mas na primeira GM foi proibido o uso da lingua alemã, e os moradores tiveram que parar sua produção artística. Até o jornal principal de Joinville, chamado "Kolonie Zeitung" teve que mudar de nome.
Teve até um teatro aqui, chamado Nicodemus, onde ocorriam exibições de filmes e depois baile. Atualmente é uma igreja evangélica.
Depois de algum tempo, surge um novo artista em Joinville, Fritz Alt que deu origem a escola de arte que funciona até hoje. E com ele a produção artística volta a existir na cidade.
Impossível não citar as industrias: Quando estourou a 2ª GM o pessoal não conseguia comprar coisas de fora do país, e Joinville começou a ser pioneira na produção de muitos itens. Grandes empresas de porte internacional são abrigadas aqui. =)
O que mais falar da cidade? possui o maior festival de dança do MUNDO! E tem a festa das flores, uma das mais tradicionais também. Alias, essa é uma caracterista que eu adoro na cidade: é uma cidade grande, cheia de industrias, cheia de pessoas correndo o tempo todo, com um trânsito caótico, mas que ainda tem jeito de cidade do interior. 
Enfim.
Essa é a história da Joinville que eu conheço. Algumas fotos pra vocês o/







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